sábado, 29 de junho de 2013

.

Sobre essas coisas frágeis, essas coisas simples por todos os lados.

Estava no shopping noite passada, quando uma família se sentou perto de mim. Estavam felizes. Pelo menos o garotinho de uns 5 anos, mais ou menos, parecia estar. Eu os observei quase todo o tempo que estiveram sentados ao meu lado. Foi engraçado, o garotinho dizia ser o rei do mundo com aquela porção de batatas fritas grande, o pai apenas concordava com aquilo. E sorria. A mãe ria de quase todos os "pronunciamentos" que o rei do mundo naquela mesa fazia. Era leve. Eu me sentia feliz enquanto os observava. Gostaria de estar ali, e ser parte daquela alegria momentânea, se é que já não era, mesmo como espectadora.
Percebi como aquilo era simples, e frágil. Ao mesmo tempo que, percebi que nada poderia estragar aquele momento. Eles eram intocáveis. Aquela memória se tornaria intocável, com a mesma força do garoto na mesa, invencível. Não sei se ele um dia vai se lembrar disso, mas eu aposto que vou. E vou me indagar, exatamente como estou fazendo agora, todas as vezes que me lembrar dele.
Daqui alguns anos, quando pensar naquela família, e me perguntar como estão agora. Quando pensar na leveza que aquela noite trouxe para o meu coração, por alguns minutos. Por lembrar de quem eu era com aquela idade, com meus pais ainda juntos. Ou quase isso.
Pensar que aquela família pode continuar sendo a mesma, ou pode ter se separado, nada disso vai importar. Não é disso que se trata. É sobre aquele momento, como ele existiu por alguns minutos, e fez tanta diferença. Sobre como me fez acreditar em algo de novo, depois de muito, muito tempo.

I wish for small things not losing this feeling.

Nenhum comentário:

Postar um comentário