quinta-feira, 21 de abril de 2011

o brilho das estrelas. o mês era abril, mas, o dia não me lembro mais.

Nenhum dos antigos amores, nenhum dos copos de vinho postos a minha frente. Nenhuma das tristezas, nenhum dos toques. Nenhum dos sorrisos, nem sequer o tão aguardado telefonema.
Nada mais parecia fazer sentido, e, naquela noite apenas as estrelas me fariam voltar, e dar razão ao tudo. Ao meu mundo, aos meus. À aqueles que eu gostaria que fossem meus, à aqueles que nem tanto.
No meu mundo agora, tudo tinha seu sentido, e estava em seu devido lugar.

Mas será que esse é o lugar que eu devia estar ?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Falamos de tudo, e eu ainda não tenho certeza de nada.

Abraçando o desespero, estou eu aqui de novo.
Me lembro de já ter escrito esse verso antes,
mas quem se importa ?
Meus poemas se perdem num oceano, imerso, perdido.
Vivendo meu proprio inferno, a mesma dor, o mesmo fim.
Meu inferno, infinito e particular. E o nome, desconhecido e pessoal.

Não é esperança, muito menos fé.
Porque isso já são coisas que eu tinha perdido há muito tempo, mas naqueles tais sonhos de um verão qualquer que costumavamos ter, eu sentia que os olhares apaixonados talvez se cruzassem novamente, e seriam apenas um, como sempre foram.

Desencadeando emoções, tais emoções que eu detestava sentir,
mas que me faziam tão bem, estou eu aqui de novo.
Saio com meus amigos,
mas quem dera sair para me divertir, para falar de algo que seja bom
e que não seja sobre você.
Algo que não faça você voltar, de novo.

Me sentindo bem agora eu sei, abandonando o trágico
tão belo o meu trágico, se foi.
Observando o orgulho, de cara para mim ele passava a sorrir.
Irônico, com sarcasmo levado no sorriso, ele me olhava,
com desejo sentia vontade,
queria me encontrar, iria me invadir.
Sem ao menos perceber, eu poderia aos poucos dentro de mim, ele com aquele velho sarcasmo,
havia conseguido.

Alguém me disse que o ser humano é feito de barro,
pessoas são o molde, são quem pode moldar.
Eu posso não ter criado o que ela é hoje, ela pode não brilhar mais no mesmo céu, azul com tons em vermelho, do sol que se colocava brilhante todos os dias.
Mas quando olharem aquilo o que criei,
quando olharem para você,
estarão olhando para mim.
Estarão pensando em quem foi capaz de fazer nascer dessa barro sujo e bruto, alguém que atrai olhares, e conquista o mundo.
Poderão não saber quem sou eu, mas estarei ali.
Cada traço, cada resto de algo bom, eu estarei ali.
Alguém que eu sinto orgulho de ter criado, o barro que eu moldei.
A minha menina.

Sinto que não deveria sentir, mas quero que cuidem bem do que criei,
e que ela continue assim.
Sinto que a quero bem, mas a sua voz não mais poderei ouvir.
Como está poderei saber, mas fazer parte não mais farei.
A diferença eu faria, sinto que fiz.
Mas felicidade sinto que não mais posso faze-la sentir.
O sorriso, aquele sorriso não seria mais o meu, seria de outro,
mas quem liga ?
Abraçando o duvidoso,
eu me encontro de novo.