quarta-feira, 17 de abril de 2013

Quase onze, do(s)e, e o fim.

Havia se apaixonado por todos aqueles erros. Quase onze.
Por todos os pensamentos sujos, e toda culpa que houvesse em seu coração. Se apaixonou primeiro pelos olhos, depois pela ponta dos dedos. Se apaixonou pelas historias, e pela tristeza contida em sua voz. Se apaixonou pelo tom, e pelo jeito que sorria. E o olhar... ah aquele olhar.
Se apaixonou pela violência, e pela força que fazia para amar. Os poucos momentos. Se apaixonou pelas marcas, e pelo jeito que as deixava.
Se apaixonou pelo gosto mentolado depois de um trago. Se apaixonou pela marca do batom na borda do copo, e pela forma que o rum descia com tanta facilidade depois de tantas doses. Quase doze.
Se apaixonou pelo conjunto de mulher, o pecado. Se apaixonou pelo caos, e fez de si próprio moradia para ele, e para ela.

Se deu conta disso, e despertou.

Não era um pesadelo, não era um sonho bom.
Mas talvez fosse bom demais para ser verdade.

E não era.

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